Agentes de reintegração social que trabalham no Centro de Atendimento Juvenil Especializado (Caje) se reuniram em frente ao Palácio do Buriti, sede do poder Executivo do DF, durante a manhã desta segunda-feira (31/10). De acordo com o Sindicato dos Agentes do Caje (Sind – ATRS), os trabalhos voltaram ao normal no último sábado (29/10). A categoria fez uma paralisação de 72h entre quarta-feira (26/10) e sexta-feira (28/10).
De acordo com o vice-presidente do sindicato, Cristiano Torres, houve tentativas de homicídio no Caje sábado e domingo. “Se com todo o efetivo trabalhando normalmente há esses casos, significa que o número de servidores deve aumentar. A situação vai se tornar impossível se continuar dessa forma. Se o sistema funcionasse de uma maneira melhor, tanto a segurança quanto nossas condições de trabalho seriam melhores”, afirma.
A categoria marcou para a próxima terça-feira (1º/11) uma nova assembleia em frente ao Palácio do Buriti, a partir das 9h. “O encontro de hoje serviu para avaliarmos a paralisação da semana passada. Consideramos um sucesso. Se o GDF se posicionar até a próxima assembleia, podemos negociar. Se não tivermos uma reposta do governo, veremos o que a categoria vai decidir”, afirmou Torres.
A Justiça do DF, por meio da 6ª Vara de Fazenda, considerou em 28 de outubro (sexta-feira) a greve ilegal, após uma ação movida pelo Ministério Público (MPDFT). Além disso, determinou o corte no ponto dos servidores nos dias parados e uma multa diária de R$ 50 mil ao Sind – ATRS. “A posição da secretaria é de que irá acatar a decisão judicial”, informou a assessoria de imprensa da pasta.
O Sind – ATRS informou que só recebeu a notificação judicial nesta segunda-feira. “Não voltamos ao trabalho no sábado por causa da decisão, mas, sim, porque havíamos programado a paralisação por 72 horas e não mais que isso”, completou Torres.
Segundo a Secretaria da Criança do DF, o Sind – ATRS não representa a categoria. Além disso, afirma que o Sindicato dos Servidores da Assistência Social e Cultural (Sindsasc) é o interlocutor destes trabalhadores. Já o Sind – ATRS rebate e afirma ser o sindicato dos agentes de reintegração social.
Confira na íntegra a nota enviada pela Secretaria da Criança dia 26 de outubro:
De acordo com a Portaria nº 128 de 26 de setembro de 2011, da Secretaria de Administração Pública do Distrito Federal, publicada no Diário Oficial do Distrito Federal nº 188, de 27 de setembro de 2011, a entidade que representa a carreira de Assistência Social é o Sindicato dos Servidores da Assistência Social e Cultural (Sindsasc), que já informou não existir indicativo de paralisação. Todo servidor que aderir ao movimento, considerado irregular, será responsabilizado.
fonte: Correio Braziliense